É tã horrivel essa sensação de impotência, de querer fazer algo e não poder. Olhando ao redor tenho a certeza que somos pouco perto dos poderes do mundo, cada passo que damos, é um a menos para a felicidade ou a solidão. Tem épocas que as pessoas sentem que esses passos estão levando ao caminho mais sombrio, e tem épocas que ao mais glamouroso... Como entender não é? O jeito é continuar dando passos seja em direção ao que estiver a sua frente, tentar é sempre ter a certeza que mesmo errando sua vida não será de toda vazia... Mas sim terá algo a contar a quem disposto estiver a ouvir...
Repetindo..
Cada lágrima que escorre de meu rosto é um desabafo de minha alma
Cada lágrima que meus olhos deixam cair demonstra uma magoa que se despeja num rio de frustrações e que caminham para o alivio de meu corpo...
O choro insessante de meu coração deseja a quietude do querer...
Enquanto cada pedaço de meu ser clama por calmaria....
Minha mente vaga em desespero pelas ruas da loucura buscando te encontrar!
Conversando com uma amiga ela me mostrou um texto de sua autoria que serve pra muitos que vivem nesse mundo virtual... Creio que não necessita de muitas explicações e nem tão pouco grandes comentários, apenas leiam, intepretem e aprenda:
+++Aprendi+++
Aprendi que aqui não há perdas, o que há são processos de auto-reconhecimento para avaliar melhor quem esta próximo a mim. Aprendi a conviver com a impotência virtual, com as palavras macias envoltas de ironia ou sinceridade. Aprendi que respeitar é antes de tudo se dar o respeito percebendo sempre que um avatar tem vida própria real e sentimentos reais. Aprendi que as expectativas devem ser controladas, que a liberdade e o espaço de tempo de cada um devem ser considerados. Aprendi a desconfiar em momentos em que eu desejava confiar e acreditar piamente nas promessas... Aprendi que mesmo estando com alguém poderei estar me sentindo absolutamente só... Com tudo isso... Resolvi me entregar ao destino, evitar olhar para trás e seguir em frente, renovada para um novo começo, desprovida de qualquer dúvida... Agora tanto faz...
A dias venho evitando ver jornais, a cada nova noticia de mortes, assassinatos, roubos, abandono de incapaz, e outras atrocidades mais que a tv tem mostrado todos os dias apavora qualquer ser que tenha um pouco de sensatez, e com isso me pus a pensar... "Quantas coisas tenho deixado de fazer por conta dos perigos diários?"
Essa postagem é apenas uma auto reflexão mas serve também para você que por ventura venha ler esse blog.
Hoje como todos os dias ao levantar ligo a tv para assistir ao jornal da manhã enquanto me arrumo, nem sempre presto realmente atenção, parece que apenas o barulho do aparelho me mostra que é hora de despertar realmente e começar mais um dia de trabalho, esse que claro tento manter com unhas e dentes porque sabemos, ter um emprego nos dias de hoje não está fácil, porém essa é uma reflexão para outra hora...
A noticia que passava no momento era sobre a morte de uma jovem, muitos já ouviram claro, está repercurtindo no Brasil inteiro a mais de 1 semana se não me engano. Vanessa Duarte (http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/policia-libera-suspeito-de-envolvimento-em-morte-de-vanessa-20110224.html), uma jovem de 27 anos brutalmente estrupada, degolada, torturada e até o momento sem motivos plausíveis, se é que um assassinato existe um motivo aceitável. Em seguida uma mãe que ao dar a luz joga seu filho em um rio (mais lixão do que qualquer coisa) e a criança sobrevive graças a Deus, guerreira desde que nasceu. Mais adiante uma mãe relapsa que deixa seu filho dentro do carro enquanto conversa com o marido na calçada e o carro é roubado com o bebê dentro, em outro caso de criança, um pai deixa seu filho dentro de um carro trancado durante horas apenas para ir vigiar se a mulher tinha ido realmente onde havia dito. Para completar dois policiais assassinados as 20:30 da noite em assaltos. Agora eu pergunto, que mundo estamos vivendo? Voltando as reflexões diárias...
Tudo isso que tem acontecido me faz ver o quanto estou me privando de fazer as coisas, não podemos mais sair de casa para ir a esquina e deixar uma janela aberta porque por segundos fora sua casa pode ser assaltada, ou não podemos mais ficar em casa com uma janela aberta pois corremos o risco de um bandido invadir sua casa para lhe assaltar e pra completar a crueldade, alem de tirar tudo que conquistamos com muito esforço e trabalho, levando os pouquissimos bens adquiridos, corremos o risco de sermos mortos por míseros 10 reais que temos em casa guardados para o pão e leite da semana de uma criança, ou que você vem juntando para comprar alguma coisa que queira.
Quantas vezes nos privamos de sair a noite como faziamos antigamente, pois um pequeno descuido, podemos perder a vida, ao se negar a dançar com alguém podemos levar uma surra, ao falar mais rispido com um ser desconhecido você pode ser seguido ou espancado e até assassinado porque a pessoa não gostou de sua atitude.
Viu como está complicado fazer algo hoje?
E aqueles amigos novos que conhece no trabalho? Será que são confiáveis? E aquele gatinho (a) que você conheceu, será que não é um psicopata? E aquele vizinho que coloca a música super alta quando você quer assistir a um filme, ou sua novela preferida, se você for até ele pedir para baixar, será que ele fará de bom grado, ou será que te abordará no dia seguinte com uma arma na mão te ameaçando por você querer ter um momento de calmaria em sua própria casa?
Dificil responder não é? Será que o mundo hoje em dia é baseado no medo de si mesmo? Vivemos em uma época que até pra respirar se tem medo, as pessoas vem adquirindo doenças por não poder viver, tem se privado de fazer as coisas porque nas ruas não se sabe o que pode encontrar. Já ouviu claro falar da fobia social, agora lhe pergunto, você a tem? Todos hoje em dia temos, cada qual apresenta sua fobia de maneira diferente. Um exemplo? Dou claro... Essa semana eu vinha pela rua após o trabalho, e uma pessoa me cumprimentou, quase na esquina da empresa, como onde trabalho tem uma linha de produção pensei até que poderia ser um dos funcionários, cumprimentei e continuei andando sem mais problemas, porém umas 3 quadras depois a mesma pessoa me aborda de carro e me perguntando se poderiamos nos conhecer, a minha primeira reação? Simples, disse apenas um "Não" sonoro e continuei a andar, o mesmo figura me seguiu mais uma quadra e eu ignorei, assim ele foi embora. Se fosse em outras épocas com certeza teria sido mais simpatica, mas nos dias de hoje o que pensar de uma pessoa que lhe aborda na rua dessa maneira, em um carro, pois é não tem como saber, e arriscar sua paz por conta de um estranho, será que é legal? Eu não tive coragem, você teria?
Até quando teremos que nos privar de sermos nós por conta dos outros? Esqueci de citar acima outro fato que foi considerado humilhante e inadequado... Uma escrivã da policia foi submetida a uma revista forçada por seus colegas de trabalho, 6 homens em uma sala a arrancaram literalmente a roupa. Certo, vamos analisar, a mulher era suspeita de aceitar propina de bandidos, automaticamente uma bandida também, não acho que ela deveria ser tratada com carinho, com certeza não! Mas ai vem a questão, a corporação que está ali para nos defender faz isso com os seus, como será com quem está na rua? Será que se me pararem na rua e acharem que roubei uma bala serei humilhada da mesma maneira? Será que se eu for fazer uma denuncia na delegacia mais proxima serei tratada como gente? Complicado não é? Entender a mente humana é praticamente impossivel, mas analisar os chamados direitos e deveres é mais impossivel ainda.
Uma mãe que perde sua filha assassinada brutalmente, voltando a historia da Vanessa Duarte, qual o fim de seus assassinos?? Simples eu lhes digo... Se presos terão casa, comida, diversão e uma ajuda de custo pra familia dos bandidos de aproximadamente 600 reais (se esse valor não aumentou), sua despesa aos cofres públicos variam de 800 a 1200 reais mês, com direitos a visitas intimas, agradinhos na prisão, drogas a vontade, cigarros, bebidas e se derem sorte e cairem em uma prisão daquelas onde até churrasquinho de picanha rola, vão passar muito bem. E essa mãe que nunca mais verá sua filha? O que será dela? Que beneficios tem essa mãe perante o assassino de sua filha? Que compensação, se é que existe uma compensação para isso, acredito que mãe nenhuma consegue compensar a perca de um filho ainda mais dessa forma, será que essa mãe vai ter a mãe do assassino lhe confortando? Será que essa mãe vai conseguir viver sem pensar que o infeliz que machucou sua filha tão brutalmente está tendo uma vida boa entre 4 paredes cheia de regalias?
Que coisa é essa de direitos humanos dentro das prisões? E nós? O que será de nós aqui fora que somos hostilizados, machucados, assassinados pelos que esse grupo que se intitula "direitos humanos", cadê os direitos humanos da mãe que perde seu filho? do marido que vê sua esposa ser assassinada por míseros 10 reais? do filho que vê seu pai ser morto por um bandido que não gostou que ele pediu pra que abaixasse o som que ecoava a rua toda? Quem são esses "direitos humanos para bandidos"?
Complicado né? Eu acho também... Direitos humanos... aplicado apenas nas cadeias, pois o pobre que trabalha, que tenta ser alguem na vida sem ter que machucar, roubar, matar, esse não tem direitos humanos!
Assim vou e volto do trabalho por mais um dia, caminhando desconfiada, olhando para todos os lados, tentando me proteger dos "direitos humanos", proteger meu filho, meus familiares de mostros que tem direitos garantidos, enquanto nós vamos todos os dias em busca do sustento para que eles tenham vida boa.
